Após a conturbada sessão da Câmara de Vereadores de Campo
Formoso, do último dia 25 de março que foi suspensa pelo presidente em
exercício na ocasião, vereador Nagy Martins (PHS), depois da população presente
se manifestar durante a sessão, o que é proibido pelo regimento interno da casa,
as expectativas estavam em torno da sessão desta terça-feira, 01 de abril.
Agora comandada pelo presidente, vereador Erivelton Curaçá
(PSDB), a câmara recebeu mais uma vez um público grande. Não demorou muito e
logo no primeiro discurso do vereador Wolnei Borges (PSD), parte do público
aplaudiu o edil. Em seguida o vereador Júnior Nascimento (PMDB) rebateu o
posicionamento de Wolnei e foi aplaudido também. Uma série de aplausos
prosseguiu a cada fala dos vereadores, tanto de oposição quanto de situação,
sem advertências por parte do presidente da câmara.
O primeiro a mostrar descontentamento com a postura do
presidente foi o vereador Carlito Almeida (PHS). “Antes quando se tinha
manifestação no plenário, o presidente chamava atenção e dizia que as pessoas
não podiam se manifestar... até fico feliz com essa abertura, parabéns
presidente, mas, eu acho que deve constar no regimento interno e na lei orgânica
do município”, comentou.
Júnior Nascimento completou, “Eu acho uma falta de
respeito... tá irregular essa forma de manifestação, por que está escrito que a
plateia não pode se manifestar, está mais que notório nas redes sociais a
convocação para fazer baderna e isso a gente não pode aceitar, a presença da
população é sempre bem-vinda, mas, não atrapalhar pronunciamento”, declarou.
Por outro lado, vereadores da oposição elogiaram a condução
da sessão. “ Vossa Excelência está dando um show de democracia presidente
Erivelton... o que vimos na sessão passada foi o total despreparo do colega
Nagy Pinto na condução desta casa, por que não foi diferente do que temos hoje
aqui”, disparou Vasconde Gomes ().
Em sua fala na tribuna, Nagy Martins comentou seu ato de suspender
a sessão passada. “ ...as pessoas estavam aqui de forma orquestrada para
bagunçar, foi esse o motivo que me levou a encerrar, não por retaliação a
vereador nenhum”.
Em algumas ocasiões da sessão, o presidente da câmara chegou
a pedir manifestações mais tranquilas e sem excessos. Em entrevista ao
Taza.Com.Br, Erivelton comentou sua postura durante a sessão. “Eu respeito
muito os vereadores e a maneira de cada um conduzir uma sessão, mas, eu tenho
minha maneira... eu entendo que aplauso é uma manifestação construtiva é
positiva e não tem por que ser reprimido e não vou reprimir nunca que o povo
possa se manifestar aqui, eu não vou admitir é palavrão, xingamento nem de
vereador para vereador, nem do povo para vereador, mas, conseguimos chegar ao
final da sessão e todos nós saímos com o sentimento de dever cumprido.