por Ricardo Brandt | Agência Estado
A Polícia Federal cumpre desde o início da manhã desta quinta-feira (8),
18 mandados de prisão contra membros de uma suposta quadrilha que teria
desviado cerca de R$ 6,6 milhões de recursos federais voltados à
educação técnica à distância. A Operação Sinapse, deflagrada em parceria
com a Controladoria Geral da União, apurou que o grupo usava o
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná
(IFPR) para as fraudes. Cerca de 200 policiais da PF cumpriram os
mandados, três deles contra funcionários públicos do IFPR em Curitiba e
Cascavel, no Paraná, e em São Carlos e Sorocaba, interior de São
Paulo. Foram determinadas ainda dez ordens de condução coercitiva de
testemunhas e 43 mandados de busca e apreensão. Segundo a PF, dois
servidores do IFPR também serão afastados de suas funções. As
investigações iniciadas em março de 2012 apontam que a quadrilha
desviava dinheiro do Ministério da Educação desde 2009. Por meio de
termos de parceria entre o IFPR e duas organizações da sociedade civil
de interesse público (Oscips), projetos de cursos à distância eram
superfaturados e serviços não eram executados, segundo a PF. As
apurações apontaram também que o grupo conseguiu que alguns de seus
integrantes fossem aprovados em concursos públicos para o IFPR de forma
fraudulenta. "Para mascarar os crimes, o grupo falsificava contratos e
prestações de contas, além de pagar propina a funcionários da autarquia
federal e integrantes das Oscips", informa nota da PF. Os investigados
serão indiciados por formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e
passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes
da lei de licitações.
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